Novo decreto regulamenta exigência de aulas presenciais, atividades síncronas e presença de mediadores pedagógicos
O Ministério da Educação (MEC) publicou um novo decreto que muda completamente a forma como os cursos superiores a distância (EaD) podem ser ofertados no Brasil. A decisão, segundo o governo federal, foi tomada após meses de debate com especialistas, conselhos, gestores educacionais e representantes das instituições de ensino.
Com a nova política, nenhum curso de bacharelado, licenciatura ou tecnológico poderá ser 100% EaD. O modelo totalmente remoto será substituído por três formatos: presencial, semipresencial e EaD com obrigatoriedade de atividades presenciais e síncronas (ao vivo).
Entenda os novos formatos:
- Presencial: pelo menos 70% das aulas em ambiente físico.
- EaD com presença obrigatória: mínimo de 10% de aulas presenciais e 10% síncronas mediadas por professores.
- Semipresencial: 30% das aulas presenciais e 20% síncronas, além de práticas de laboratório e estágios.
Além disso, a portaria proíbe cursos de medicina, direito, odontologia, enfermagem e psicologia no modelo 100% EaD. A justificativa é a necessidade de laboratórios, práticas clínicas e contato direto com a comunidade.
Outros cursos, como fisioterapia, farmácia, educação física, biomedicina, fonoaudiologia, nutrição e medicina veterinária, também só poderão ser ofertados presencialmente ou em formato semipresencial.
Provas presenciais e mediador pedagógico
Cada disciplina deverá ter ao menos uma prova presencial, e essa avaliação será a de maior peso na nota final. O objetivo, segundo o MEC, é evitar fraudes e garantir habilidades de análise e síntese.
Outra novidade é a criação da figura do mediador pedagógico, com formação na área do curso, que atuará diretamente no apoio aos estudantes – diferente do tutor, que exerce funções administrativas.
Infraestrutura e prazos
As instituições terão até dois anos para se adequar às novas regras. Durante a transição, os alunos já matriculados em cursos EaD totalmente online poderão concluir o curso da forma como foi iniciado.
O MEC também exige infraestrutura adequada nos polos EaD, com internet, laboratórios, ambientes de estudo e salas de coordenação. O compartilhamento de polos entre instituições diferentes será proibido.
Para mais informações, acesse o site do MEC ou consulte diretamente sua instituição de ensino.
por GT Notícias – Goiás Tocantins Notícias