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Nova espécie de planta do Cerrado é descoberta por pesquisadora da UEG

Jacquemontia verae é rara, tem flores azuis e está ameaçada de extinção; planta foi identificada em área isolada do sudoeste goiano

Uma nova espécie de planta do Cerrado acaba de ser registrada oficialmente pela ciência, graças a uma pesquisa liderada pela professora Isa Lucia de Morais, da Universidade Estadual de Goiás (UEG). Batizada de Jacquemontia verae M.Pastore, I.L.Morais & Sim.Bianch., a planta é um subarbusto de flores azuis, com até 1,2 metro de altura, típico da vegetação de cerrado rupestre.

A descoberta é fruto de uma colaboração entre pesquisadores de diferentes instituições, incluindo o Instituto Tecnológico Vale, a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), a Universidade Federal do Pará (UFPA) e o Instituto de Pesquisas Ambientais de São Paulo. A pesquisa foi publicada no dia 12 de maio na prestigiada revista internacional Phytotaxa (v. 701, n. 1, p. 056–068).

Planta é descrita na pesquisa como um subarbusto de flores azuis

O nome da espécie é uma homenagem à professora doutora Vera Lúcia Gomes Klein, referência em botânica no Brasil, especialmente pelos estudos realizados nos estados de Goiás e Tocantins.

Ameaça e urgência de preservação

A Jacquemontia verae foi localizada em uma única população isolada, às margens da rodovia GO-401, próximo à Serra da Fortaleza, no sudoeste de Goiás. De acordo com os pesquisadores, o local sofre intensa pressão ambiental, com impactos causados pela expansão da pecuária, monoculturas e obras de pavimentação.

Segundo a professora Isa Lucia, curadora do Herbário José Ângelo Rizzo do câmpus da UEG em Quirinópolis, o risco de extinção é alto: “Descobrir novas espécies é fundamental para compreendermos a biodiversidade e conservarmos a natureza. Essa planta representa não apenas uma riqueza biológica, mas também um alerta sobre a urgência da proteção ambiental”.

Com base nos critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), os autores classificam o estado de conservação da espécie como “Criticamente em Perigo” (CR). Entre as recomendações estão a criação de áreas protegidas na região e a coleta de sementes para projetos de restauração ecológica.

A descoberta reforça a importância da ciência brasileira e dos esforços regionais em defesa da biodiversidade, especialmente em biomas ameaçados como o Cerrado.

por GT Notícias – Goiás Tocantins Notícias

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