Especialistas alertam para o impacto do uso excessivo de celulares e dispositivos eletrônicos no bem-estar físico e emocional das crianças.
No mundo conectado de hoje, celulares, tablets e videogames fazem parte da rotina das crianças desde muito cedo. Embora a tecnologia tenha benefícios inegáveis para aprendizado e lazer, o uso excessivo pode gerar um problema preocupante: o burnout digital infantil.
O termo “burnout digital” descreve um estado de esgotamento mental e físico causado pela exposição prolongada a telas e conteúdos digitais. Em crianças, essa condição pode se manifestar por irritabilidade, dificuldades de concentração, problemas para dormir, ansiedade e até sintomas depressivos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tempo recomendado de exposição a telas varia conforme a idade:
- Até 2 anos: zero tempo de tela, exceto videochamadas com supervisão.
- De 2 a 5 anos: no máximo 1 hora por dia.
- De 6 a 12 anos: uso equilibrado, com pausas e supervisão constante.
Especialistas destacam que o excesso de telas não afeta apenas a visão e o sono, mas também a forma como a criança se relaciona socialmente. “Quando o tempo de interação presencial é substituído por interações virtuais, habilidades como empatia, resolução de conflitos e comunicação real podem ficar prejudicadas”, alerta a psicóloga infantil Mariana Lopes.
Como prevenir o burnout digital em crianças:
- Defina horários claros para uso de dispositivos.
- Priorize atividades ao ar livre e esportes.
- Estimule brincadeiras que não envolvam tecnologia.
- Dê o exemplo: reduza também seu próprio tempo de tela.
- Promova conversas sobre os conteúdos consumidos online.
O burnout digital é um alerta para todos: pais, educadores e sociedade. Equilibrar o uso da tecnologia e garantir momentos offline é essencial para proteger a saúde mental e o desenvolvimento das novas gerações.
