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terça-feira, junho 24, 2025
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O poder da curiosidade: por que os bebês que exploram mais podem se tornar adultos mais inteligentes

Estudos mostram que a curiosidade na infância pode ser tão importante quanto o QI para o desenvolvimento cognitivo e sucesso na vida adulta

Eles tocam, puxam, mordem, investigam e querem saber o que acontece quando algo cai no chão — de novo. Pode parecer apenas travessura ou inquietação, mas essa sede de explorar o mundo esconde um traço poderoso: a curiosidade.

Pesquisas recentes na área do desenvolvimento infantil sugerem que bebês curiosos tendem a se tornar adultos mais inteligentes, com maior capacidade de aprendizado ao longo da vida. Mais do que uma característica momentânea, a curiosidade é vista por especialistas como uma engrenagem fundamental no desenvolvimento cognitivo, emocional e social.

Segundo um estudo da Universidade de Harvard, crianças que demonstram comportamentos curiosos desde cedo — como investigar objetos novos, prestar atenção em rostos diferentes ou reagir com interesse a estímulos variados — tendem a desenvolver melhor a linguagem, a memória e a resolução de problemas. O cérebro dessas crianças é constantemente estimulado por novidades, o que fortalece conexões neurais e estimula habilidades importantes para a vida adulta.

“A curiosidade é um motor do aprendizado”, afirma a neurocientista norte-americana Susan Engel. “Crianças que fazem mais perguntas e exploram mais o ambiente são aquelas que constroem um entendimento mais profundo do mundo.”

Outro dado importante é que a curiosidade pode ser até mais importante do que o QI tradicional quando o assunto é sucesso acadêmico e profissional. Uma pesquisa publicada no Journal of Personality mostrou que pessoas com altos níveis de curiosidade apresentam melhores resultados em testes de conhecimento e mostram mais persistência frente a desafios.

Mas afinal, como os pais e cuidadores podem estimular essa curiosidade desde cedo?

  • Oferecendo ambientes ricos em estímulos (como brinquedos diferentes, contato com a natureza, música e cores)
  • Permitindo que a criança explore com segurança, mesmo que isso signifique um pouco de bagunça
  • Valorizando as perguntas, mesmo as repetidas, e incentivando a busca por respostas juntos
  • Evitando o excesso de telas e o uso de brinquedos que “fazem tudo sozinhos”, sem exigir interação

No fim das contas, cada toque curioso de um bebê é uma semente de conhecimento. Ao invés de apenas aprender, ele está descobrindo, testando e construindo seu próprio caminho de entendimento sobre o mundo.

A curiosidade, que muitas vezes é vista como “arteirice”, é na verdade uma forma sofisticada de inteligência em ação.

por GT Notícias – Goiás Tocantins Notícias

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