Estado redefine limites do Parque Estadual de Paraúna e cria unidade de conservação inédita a partir de sugestão popular
O município de Paraúna, no sudoeste goiano, acaba de se tornar referência em preservação ambiental no Estado. Com a sanção da Lei nº 23.456/2025, o governador Ronaldo Caiado oficializou a ampliação do Parque Estadual de Paraúna (PEPa), que agora passa a ter 4.208 hectares. Além disso, um decreto complementar criou o Monumento Natural de Paraúna, nova unidade de conservação com 843 hectares, totalizando mais de 5 mil hectares de vegetação nativa protegida.
Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), a medida é estratégica para a preservação da biodiversidade e para garantir a conectividade ecológica da região, que abriga espécies endêmicas e ameaçadas. A secretária Andréa Vulcanis destaca o impacto positivo da decisão:
“Somando os 843,81 hectares do Monumento Natural aos 4.208 hectares do parque, temos aproximadamente 5 mil hectares de vegetação nativa protegida em um único bloco, o que é importante para a prestação de serviços ecossistêmicos mais robustos, fortalecendo a biodiversidade e sustentando espécies que exigem grandes áreas territoriais.”
Redelimitação e participação popular
A redefinição do PEPa aconteceu em duas fases: inclusão de áreas com remanescentes de vegetação nativa e exclusão de trechos com atividade agropecuária e de domínio da GO-411. O contorno atualizado permite uma gestão mais eficaz, com foco em preservação sem afetar áreas produtivas da região.
A criação do Monumento Natural de Paraúna, por sua vez, é fruto direto da participação social. A unidade foi sugerida por moradores locais durante as audiências públicas que antecederam a nova legislação. Ela será contígua ao parque, formando um corredor ecológico de grande relevância para o bioma Cerrado.
Próximos passos: regularização fundiária e plano de manejo
A Semad já contratou uma empresa para iniciar o levantamento fundiário das propriedades inseridas nos limites do parque, passo essencial para o processo de desapropriação e indenização. Também será retomada, ainda em 2025, a elaboração do plano de manejo — documento que define como a unidade de conservação será administrada. O prazo legal para finalização do plano é de dois anos.
Com o fortalecimento das unidades de conservação em Paraúna, Goiás reafirma seu compromisso com o meio ambiente, valorizando tanto a participação cidadã quanto a ciência na gestão do seu patrimônio natural.
por GT Notícias – Goiás Tocantins Notícias