Tema cada vez mais discutido no Brasil, a alienação parental traz consequências emocionais graves para crianças e adolescentes, além de punições previstas em lei.
A infância deveria ser sinônimo de afeto, proteção e segurança. No entanto, em muitos lares brasileiros, conflitos entre adultos acabam refletindo diretamente na vida das crianças. É nesse cenário que surge a alienação parental, prática reconhecida pela Lei nº 12.318/2010 como qualquer interferência na formação psicológica de uma criança ou adolescente com o objetivo de afastá-lo do convívio com um dos pais ou familiares.
Essa interferência pode se manifestar de diferentes formas: desqualificação do outro genitor, omissão de informações importantes, dificultar visitas, criar obstáculos para a convivência ou até mesmo inventar fatos para gerar rejeição. O resultado é doloroso: a criança passa a nutrir sentimentos de medo, culpa ou rejeição, sem compreender de fato a origem do conflito.
Além das consequências emocionais, a alienação parental pode gerar sérios impactos legais. A legislação brasileira prevê medidas que vão desde advertências e multas até a inversão da guarda. O objetivo é proteger a criança e garantir que os laços familiares não sejam prejudicados por disputas adultas.
Especialistas reforçam a importância de buscar apoio psicológico e orientação jurídica sempre que houver suspeita de alienação. A mediação familiar também surge como alternativa para evitar que os conflitos avancem para o judiciário.
Mais do que uma questão de lei, combater a alienação parental é um compromisso com o bem-estar das crianças. Afinal, elas não devem carregar as dores e ressentimentos dos adultos — precisam, sim, de um ambiente onde o amor e o cuidado estejam sempre em primeiro lugar.
