Alta da bolsa reflete otimismo internacional e pode impactar crédito e consumo no Brasil
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, encerrou a segunda-feira (15/9) em alta de 0,9%, alcançando 143.546,58 pontos — o maior patamar de fechamento da história.
O avanço foi impulsionado pela expectativa de que o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, anuncie nesta semana um corte na taxa básica de juros americana, atualmente entre 4,25% e 4,50% ao ano. A medida é vista como decisiva para o equilíbrio do crédito global e afeta diretamente economias emergentes como a do Brasil.
No cenário doméstico, o IBC-Br de julho, indicador que funciona como prévia do PIB, registrou retração de 0,5%, o que reforça a perspectiva de que a taxa básica de juros brasileira (Selic), hoje em 10,5%, só comece a cair de forma consistente a partir de 2026.
Impacto além do mercado financeiro
Segundo analistas, a expectativa de corte nos juros americanos torna investimentos em países como o Brasil mais atrativos, aumentando a entrada de capital estrangeiro. Além disso, a valorização do índice reflete maior apetite de investidores por ações de empresas nacionais.
Para os consumidores, o movimento abre caminho para um cenário de juros mais baixos no médio prazo, o que pode resultar em financiamentos mais acessíveis, estímulo ao consumo e maior dinamismo econômico.
No entanto, especialistas alertam que a redução de juros deve ser acompanhada com cautela para não comprometer o controle da inflação e a estabilidade cambial.


