Irritabilidade, cansaço, desmotivação: comportamentos que podem indicar sinais de depressão ou esgotamento profissional
A depressão, por exemplo, diminui as funções executivas, como concentração, memória e capacidade de planejamento. Esse fenômeno pode levar à desorganização no trabalho, que muitas vezes é percebida por aqueles ao redor como uma “queda no desempenho”. Na realidade, é uma manifestação direta de fadiga mental, estresse e, às vezes, até esgotamento.
Emoções à flor da pele: quando a tristeza vira irritação
Depressão não é apenas tristeza. Às vezes, ela se manifesta como irritabilidade extrema, aborrecimento constante ou até mesmo reações bruscas e tensões com colegas. Esses comportamentos, muitas vezes interpretados como impulsividade ou incompatibilidade, são na verdade sinais de um mal-estar mais profundo.
Indivíduos afetados podem ter dificuldade em controlar suas emoções, o que pode gerar conflitos no ambiente de trabalho. Essas reações intensas geralmente são causadas por estresse prolongado ou frustração interna não expressada. A irritabilidade, nesse contexto, se torna uma forma de liberar o excesso emocional acumulado — não por uma situação pontual, mas por um desgaste interno silencioso.
Quando o trabalho deixa de fazer sentido
Outro comportamento revelador é a perda de motivação. Tarefas que antes traziam satisfação passam a parecer inúteis ou extremamente difíceis. A sensação de “estar desligando” emocionalmente do trabalho é uma das expressões mais comuns do esgotamento profissional.
Pessoas nessa condição enfrentam uma fadiga mental tão intensa que até as demandas mais simples parecem intransponíveis. O que antes era fonte de realização se transforma em um fardo pesado e difícil de sustentar.
O que fazer quando o desconforto se instala?
É essencial não ignorar esses sinais. Como lembra a terapeuta Shannon Garcia, a depressão muitas vezes conduz ao isolamento e à autodepreciação. Mas buscar apoio – conversar, pedir ajuda, desacelerar – já representa um passo importante para a recuperação.
Se você se identificou com algum desses comportamentos, não espere a situação piorar. Conversar com um colega de confiança, um gestor sensível ou um profissional de saúde mental pode ser o início de um processo de autocuidado e cura. Saúde mental não é luxo nem detalhe: é base para qualquer projeto de vida.
por GT Notícias – Goiás Tocantins Notícias