Especialistas defendem que educar crianças para nomear plantas e animais, em vez de marcas e celebridades, fortalece a consciência ambiental e a identidade cultural.
“Vamos criar crianças que podem nomear plantas e animais, não marcas e celebridades.” A frase, cada vez mais compartilhada nas redes sociais, traduz uma preocupação essencial do nosso tempo: como estamos educando as novas gerações?
Vivemos em uma sociedade em que muitas crianças sabem citar logotipos de grandes empresas ou nomes de influenciadores famosos, mas não conseguem identificar as árvores que estão em frente de casa ou os pássaros que cantam pela manhã. Esse distanciamento da natureza gera impacto direto na saúde, na imaginação e até no senso de pertencimento cultural.
Segundo educadores e ambientalistas, ensinar as crianças a reconhecer plantas, flores, rios e animais não é apenas transmitir conhecimento, mas abrir portas para um aprendizado mais profundo, criativo e sustentável. Além de estimular a curiosidade, esse contato fortalece a memória, desenvolve o senso crítico e cria laços de respeito pelo meio ambiente.
A infância é o momento ideal para cultivar essa relação. Passeios em parques, visitas a feiras de plantas, atividades de observação de aves e até pequenas hortas em casa ou na escola são experiências simples, mas de enorme valor educativo.
Mais do que saber quem é a celebridade do momento, reconhecer uma espécie de árvore ou o canto de um pássaro é um conhecimento que conecta a criança ao mundo real e ao lugar onde ela vive. É um presente que fortalece a identidade cultural e cria adultos mais conscientes, capazes de equilibrar consumo e preservação.
Afinal, quando cuidamos para que nossos filhos nomeiem o ipê, a arara ou o buriti, estamos ensinando que a vida tem muito mais valor do que qualquer marca impressa em uma vitrine.