Mistura de energéticos com álcool tem levado jovens a internações e até infartos; especialistas alertam para os perigos dessa combinação
O consumo de bebidas energéticas, muitas vezes associado a festas e eventos sociais, tem se tornado uma prática comum entre os jovens. No entanto, o uso excessivo dessas bebidas, especialmente quando combinado com álcool, tem resultado em sérios problemas de saúde, incluindo arritmias cardíacas, infartos e internações hospitalares.
Casos alarmantes
Em São Paulo, um jovem que consumia cerca de 5 litros de energético aos finais de semana sofreu um infarto, chamando a atenção para os riscos dessa prática.
Outro relato preocupante vem de um internauta que compartilhou sua experiência após ingerir 20 litros de energético em apenas 10 dias. Ele descreveu sintomas como tremores intensos e reconheceu a necessidade de procurar ajuda médica.
Até mesmo figuras públicas já enfrentaram complicações por conta do excesso. O ator Rafael Zulu foi internado por quatro dias após desenvolver uma arritmia cardíaca conhecida como fibrilação atrial, causada pela ingestão de aproximadamente 2,5 litros de energético misturado com álcool. O episódio serviu como alerta para seus seguidores e reacendeu o debate sobre os efeitos dessas bebidas no organismo.
O que dizem os especialistas
O cardiologista Rodrigo Penha destaca que o consumo excessivo de energéticos, especialmente quando associado ao álcool, pode levar a sérios problemas cardíacos. “O Brasil quadruplicou a produção de energéticos, e o consumo diário dessas bebidas tem crescido, especialmente entre os jovens”, alerta Penha.
Alexsandro Fagundes, presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas, explica que a combinação de estimulantes presentes nos energéticos com o álcool pode afetar negativamente o sistema cardiovascular. “Apesar de depressor do sistema nervoso central, o álcool em doses excessivas também promove aumento da pressão arterial e da excitabilidade de algumas células, gerando taquiarritmias supraventriculares como a fibrilação atrial”, afirma.
O perigo está no exagero
Além das consequências cardíacas, o consumo exagerado de energéticos pode provocar insônia, ansiedade, tremores, crises hipertensivas e até dependência. A ausência de uma percepção imediata dos sintomas muitas vezes faz com que o problema seja identificado tarde demais.
Conclusão
O consumo de energéticos deve ser feito com moderação. A mistura com álcool, embora popular em festas, representa um risco real à saúde — principalmente para quem já tem predisposição a doenças cardíacas. A conscientização é fundamental para evitar que momentos de diversão terminem em situações graves de emergência.
Fique atento aos rótulos, observe a quantidade de cafeína e nunca ignore os sinais do seu corpo.
por GT Notícias – Goiás Tocantins Notícias