Associação Brasileira de Cafés Especiais vê ações como essenciais para manter negociações e preservar comércio com o maior comprador do produto.
A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) declarou apoio às medidas anunciadas pelo governo federal dentro do Plano Brasil Soberano, criado como resposta ao tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.
Segundo a entidade, as ações representam um alívio imediato para o setor, permitindo que produtores e exportadores de cafés especiais mantenham negociações e articulações em busca de uma solução definitiva para o impasse comercial.
“O setor ganhará um fôlego pontual, assim como o próprio governo federal, para alinhar posicionamentos internamente e reforçar a sinergia com as entidades do setor privado do café nos EUA”, afirmou a BSCA em nota.
Os Estados Unidos são o principal destino das exportações brasileiras de cafés especiais, com mais de 2 milhões de sacas importadas anualmente, o que gera receita superior a US$ 550 milhões por ano.
A associação defende que a melhor saída para a crise seria a inclusão do café na lista de produtos isentos do tarifaço. Enquanto isso, enaltece as medidas de curto prazo, que incluem linha de crédito com juros reduzidos, adiamento de tributos federais por dois meses e reativação do Reintegra, mecanismo que devolve às empresas parte dos tributos pagos na cadeia produtiva.
Para a BSCA, o diálogo será essencial para restabelecer o fluxo comercial em condições justas entre Brasil e EUA.