Construir adultos mais seguros começa pelo ambiente familiar
O desenvolvimento emocional na infância é um dos pilares mais importantes para a formação de indivíduos saudáveis, resilientes e empáticos. Antes mesmo de aprender a ler e escrever, a criança precisa reconhecer suas emoções, entender seus sentimentos e desenvolver a capacidade de expressá-los de maneira adequada.

Cristiane Costa, estudante de Psicologia, cursando o 8º período aos 42 anos e com foco na abordagem sistêmica, ressalta que “quando ensinamos uma criança a nomear suas emoções, estamos dando a ela ferramentas para lidar com o mundo de forma mais consciente e equilibrada.” Segundo ela, o acolhimento emocional desde cedo contribui para relações mais saudáveis na vida adulta.
Pesquisas na área da psicologia indicam que crianças emocionalmente desenvolvidas têm mais facilidade para resolver conflitos, cooperar com colegas e se adaptar a novas situações. Esse processo não depende apenas da escola, mas do ambiente familiar e das interações cotidianas. “Pais e cuidadores que validam os sentimentos dos filhos, mesmo em situações de frustração, favorecem o fortalecimento da autoestima e da autonomia”, destaca Cristiane.
Outro ponto fundamental apontado por Cristiane é o impacto do desenvolvimento emocional no desempenho escolar. Crianças que se sentem seguras e compreendidas emocionalmente tendem a ter melhor concentração, mais motivação para aprender e menor propensão a comportamentos agressivos ou retraídos.
Ela também enfatiza a importância de práticas como a escuta ativa e o uso da linguagem afetiva. “Dizer ‘eu entendo que você está triste’ pode parecer simples, mas tem um valor enorme para uma criança em formação. É assim que ela aprende que sentir é humano, e que existe um espaço seguro para isso.”
Fortalecer a inteligência emocional desde a infância é investir em uma sociedade mais empática, consciente e equilibrada. Um trabalho que começa no colo, na escuta e no exemplo — e que envolve toda a família.
por GT Notícias – Goiás Tocantins Notícias