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terça-feira, dezembro 30, 2025
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Ponte entre Tocantins e Maranhão é reinaugurada um ano após desabamento

Nova estrutura recebeu investimento federal de R$ 172 milhões e volta a ligar Aguiarnópolis (TO) a Estreito (MA) com padrões modernos de segurança

A nova ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os municípios de Aguiarnópolis, no Tocantins, e Estreito, no Maranhão, foi oficialmente inaugurada nesta segunda-feira (22), com liberação do tráfego pouco depois das 12h30. A entrega ocorre exatamente um ano após o colapso da antiga estrutura, que interrompeu um dos principais corredores logísticos entre os dois estados.

A cerimônia contou com a presença do ministro dos Transportes, Renan Filho, além dos governadores do Maranhão, Carlos Brandão, e do Tocantins, Wanderlei Barbosa. A obra recebeu investimento aproximado de R$ 172 milhões do governo federal.

Com 630 metros de extensão, 19 metros de largura e vão livre de 154 metros, a nova ponte foi projetada para atender às demandas atuais de tráfego. A estrutura conta com duas faixas de rolamento de 3,6 metros cada, acostamentos de três metros, barreiras de proteção e passagem destinada a pedestres, ampliando a segurança e a mobilidade na região.

Antes da liberação oficial, a ponte passou por cerca de 20 horas de testes estruturais no último fim de semana. O procedimento utilizou oito caminhões betoneira totalmente carregados, com peso médio de 30 toneladas cada. Os veículos atravessaram a estrutura em diferentes velocidades, enquanto sensores monitoravam vibrações e respostas do concreto, garantindo a estabilidade da obra.

A antiga ponte, construída na década de 1960, havia passado por reparos em 2021, mas continuava apresentando falhas estruturais. Em dezembro do ano passado, a estrutura colapsou, provocando a queda de veículos no Rio Tocantins e interrompendo totalmente o tráfego entre os dois estados.

Após o desabamento, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) abriu uma sindicância para apurar causas e responsabilidades. A Polícia Federal também conduz investigação. Um laudo técnico apresentado em julho apontou fatores como sobrecarga acima do previsto, degradação do concreto, perda de resistência estrutural, além de manutenção e reformas inadequadas ao longo das décadas.

Em nota, o DNIT informou que colabora com os órgãos investigativos e que abriu uma Investigação Preliminar Sumária na Corregedoria para apuração dos danos. O órgão também contratou o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) de São Paulo, que elabora um relatório técnico independente sobre as causas do colapso. As investigações seguem em andamento.

Com a nova ponte, a expectativa é de retomada plena do fluxo de veículos, fortalecimento da logística regional e mais segurança para motoristas e pedestres que utilizam diariamente o eixo entre Tocantins e Maranhão.

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