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quarta-feira, setembro 10, 2025
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Israel realiza primeiro transplante de medula espinhal do mundo em humanos

Procedimento inédito utiliza células reprogramadas do próprio paciente e pode devolver a mobilidade a pessoas paralisadas.

Um marco histórico para a medicina regenerativa está prestes a acontecer em Israel. Pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, em parceria com a startup Matricelf, receberam autorização do Ministério da Saúde do país para realizar o primeiro transplante de medula espinhal do mundo em seres humanos.

O procedimento será feito com células reprogramadas do próprio paciente. O processo começa a partir da coleta de células sanguíneas, que serão induzidas a se comportarem como células-tronco, capazes de se transformar em qualquer tipo celular. Paralelamente, o tecido adiposo do paciente será utilizado para criar um hidrogel personalizado, que servirá de base para o desenvolvimento de uma estrutura tridimensional semelhante à medula espinhal.

Essa medula cultivada em laboratório será então implantada na região lesionada, promovendo a fusão com o tecido saudável e oferecendo a chance de restaurar funções motoras.

Os testes em animais trouxeram resultados animadores: em estudos com ratos portadores de paralisia crônica, cerca de 80% recuperaram a mobilidade e voltaram a andar normalmente. Agora, a expectativa dos cientistas é repetir esse efeito em humanos.

A autorização inicial permite que até oito pacientes sejam submetidos ao transplante em caráter compassivo. Se os resultados forem positivos, novos ensaios clínicos deverão ser realizados, abrindo caminho para que a técnica se torne parte do tratamento padrão para lesões medulares.

O impacto dessa inovação é global. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 15 milhões de pessoas vivem com lesões na medula espinhal em todo o mundo, muitas delas causadas por acidentes de trânsito, quedas ou episódios de violência. Para esses pacientes, a iniciativa israelense representa mais do que um avanço científico — é uma nova esperança de recuperar a mobilidade e a qualidade de vida.

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