De fenômenos naturais a descobertas astronômicas, alguns trechos do Livro Sagrado encontram respaldo em estudos científicos modernos.
Ao longo da história, a Bíblia tem sido objeto de interpretações diversas — religiosas, culturais e acadêmicas. Embora não seja unanimemente considerada um registro factual em cada detalhe, alguns trechos chamam atenção por coincidirem com descobertas científicas.
Entre os exemplos, está a história de Davi e Golias (I Samuel 17). Pesquisadores apontam que as pedras do Vale de Elah, compostas por sulfato de bário, são densas o suficiente para causar ferimentos graves. Além disso, especialistas sugerem que Golias poderia sofrer de acromegalia, condição que afeta a visão periférica — o que teria dado vantagem a Davi.
Outro caso é o relato de Josué 10:12, que descreve o Sol “parando” no céu. Cientistas associam o episódio a um eclipse solar ocorrido em 30 de outubro de 1207 a.C..
O ciclo da água, hoje bem documentado, já aparecia em livros como Eclesiastes (1:7) e Jó (36:27-28). A noção de que a vida depende do sangue (Levítico 17:11) também é consistente com o conhecimento biológico moderno.
Outros trechos que encontram paralelo com descobertas científicas incluem:
- Forma da Terra (Isaías 40:22 – “círculo da Terra”);
- Montanhas submarinas (Salmos 104:6);
- Terra flutuando no espaço (Jó 26:7);
- Núcleo terrestre quente (Jó 28:5);
- Variedade de luminosidade das estrelas (I Coríntios 15:41);
- Número incontável de estrelas (Jeremias 33:22);
- Partículas invisíveis (Hebreus 11:3 – interpretado como referência a átomos).
Até mesmo a narrativa da Arca de Noé encontra apoio parcial: cálculos da Universidade de Leicester (2014) indicaram que, nas dimensões descritas em Gênesis 6:13-22, a embarcação poderia flutuar e transportar carga significativa.
Embora a interpretação desses textos varie, a relação entre ciência e fé segue despertando debates e curiosidade — unindo arqueólogos, físicos e estudiosos da religião em uma busca por conexões entre o espiritual e o material.