Com ticket médio previsto de R$ 66 mil até 2025, festas de casamento se tornaram símbolos de status — e muitos casais apaixonados seguem adiando o grande dia por falta de condições financeiras.
Durante muito tempo, casar foi sinônimo de começar uma nova vida a dois. Hoje, para muitos casais, é sinônimo de um dilema: realizar a festa dos sonhos ou garantir estabilidade no futuro?
Dados da Associação Brasileira de Eventos Sociais (ABRAFESTA) mostram que o ticket médio de um casamento no Brasil saltou de R$ 58 mil em 2023 para uma previsão de R$ 66 mil em 2025. Em grandes centros e festas com mais estrutura, os valores ultrapassam facilmente os R$ 100 mil. O mercado de casamento movimenta bilhões, e o crescimento do setor segue firme. Mas a pergunta que fica é: quem pode bancar?
Enquanto os números impressionam, o comportamento da juventude revela uma realidade diferente. Muitos jovens continuam acreditando no amor e no compromisso, mas se veem obrigados a adiar ou até desistir do casamento tradicional por questões econômicas. Para muitos, é impossível conciliar os altos custos de uma festa com a compra ou aluguel de um imóvel, mobiliário e outros investimentos básicos de uma vida a dois.
A cultura da “festa perfeita”, impulsionada por redes sociais, marketing e um setor altamente competitivo, contribui para essa pressão silenciosa. Afinal, quem nunca ouviu alguém dizer: “Se for para casar, tem que ser com tudo que tem direito”? O problema é que o “tudo” se tornou um luxo.
Por outro lado, surgem novos formatos: miniweddings, cerimônias intimistas, celebrações compartilhadas e experiências simbólicas vêm ganhando espaço, mostrando que é possível celebrar o amor com autenticidade e consciência financeira.
Mais do que uma crítica ao setor de eventos — que emprega milhares de profissionais e move a economia —, a discussão propõe uma reflexão sobre os valores e escolhas da nova geração: Será que é preciso escolher entre amar e ter onde morar?
por GT Notícias – Goiás Tocantins Notícias