Do rock ao misticismo, o legado de Raul ecoa em gerações com letras que parecem cada vez mais atuais
Em 28 de junho de 1945 nascia Raul Seixas, um dos nomes mais irreverentes, geniais e indomáveis da música brasileira. Com sua mistura de rock, baião, crítica social e filosofia, ele não apenas criou canções — criou pensamentos.
Raul foi além do palco. Foi marginal, místico, anárquico e visionário. Acreditava em uma sociedade alternativa, lia Aleister Crowley e trazia em suas letras reflexões sobre liberdade, espiritualidade, política e existência. Em músicas como “Ouro de Tolo”, “Maluco Beleza”, “Sociedade Alternativa” e “Metamorfose Ambulante”, Raul parece ter previsto os dilemas das gerações futuras.
Sua parceria com Paulo Coelho também marcou época, com composições que pareciam manifestos. Entre o delírio e a lucidez, ele cantava verdades que ainda ecoam: “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante / do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.”
Mesmo após sua morte, em 1989, Raul continua sendo descoberto por jovens e reverenciado por velhos fãs. Não é raro ver frases suas em cartazes de protesto ou tatuadas em peles rebeldes. Sua voz segue viva como um grito que desafia o sistema e clama por liberdade.
Hoje, ao lembrar de Raul, é impossível não sentir que ele, de algum jeito, ainda caminha por aí. Afinal, como ele mesmo disse: “Sonho que se sonha só é só um sonho. Mas sonho que se sonha junto é realidade.”
por GT Notícias – Goiás Tocantins Notícias
