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quarta-feira, setembro 10, 2025
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Seis descendentes vivos de Leonardo da Vinci compartilham traço genético raro

Estudo inédito revela linhagem masculina contínua do gênio renascentista por meio do cromossomo Y, com descobertas que desafiam a ciência e a história

Um dos maiores nomes da humanidade, Leonardo da Vinci segue provocando admiração e mistério mais de 500 anos após sua morte. Agora, um estudo genealógico e genético realizado ao longo de três décadas revelou algo impressionante: seis descendentes vivos da família de Da Vinci compartilham um traço genético raro — o mesmo cromossomo Y transmitido por linhagem exclusivamente masculina.

A pesquisa faz parte do livro Genio Da Vinci. Genealogia e genética do DNA de Leonardo, dos especialistas italianos Alessandro Vezzosi e Agnese Sabato, ligados à Associação do Patrimônio Leonardo Da Vinci. A obra reúne uma complexa árvore genealógica com mais de 400 pessoas ao longo de 21 gerações, remontando ao ano de 1331.

Por meio de documentos históricos e testes genéticos coordenados pelos antropólogos David Caramelli e Elena Pilli, da Universidade de Florença, os pesquisadores identificaram descendentes diretos da família paterna de Leonardo, incluindo filhos do meio-irmão Domenico Benedetto. O resultado genético confirmou: todos os seis descendentes testados compartilham os mesmos segmentos do cromossomo Y, comprovando a continuidade da linhagem masculina desde a época do artista.

As investigações também revelaram a existência de um túmulo familiar na Igreja de Santa Croce, em Vinci, cidade natal de Leonardo. Ossos possivelmente pertencentes ao avô e aos meios-irmãos do artista estão sendo analisados. Um deles já foi datado por radiocarbono e agora passa por análise paleogenômica. Se o DNA extraído coincidir com o dos descendentes vivos, será possível montar, pela primeira vez, um retrato genético mais preciso de Leonardo da Vinci.

Essa possibilidade abre espaço até mesmo para a análise de vestígios biológicos deixados em manuscritos e obras do mestre renascentista, que podem conter traços de seu DNA. A pesquisa, portanto, se torna um marco não só para a história da arte, mas também para a genética forense e a compreensão de personalidades históricas.

O livro também revela que Leonardo já refletia, em seus escritos, sobre temas hoje estudados pela epigenética. Ele acreditava que alimentação, emoções e hábitos dos pais influenciavam diretamente a saúde e as características dos filhos — um pensamento que, séculos depois, encontra eco na ciência moderna.

por GT Notícias – Goiás Tocantins Notícias

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