Cresce no Brasil o número de pessoas que enfrentam crises de ansiedade. O problema, muitas vezes invisível, tem impactado desde adultos até crianças e adolescentes, exigindo atenção, informação e apoio.
Nos últimos anos, a ansiedade deixou de ser apenas um sentimento passageiro para se tornar um dos maiores desafios de saúde mental da população brasileira. Com sintomas que afetam o corpo e a mente, o transtorno vem se espalhando silenciosamente em todas as faixas etárias — impulsionado por rotinas estressantes, excesso de informações, pressões sociais e instabilidades emocionais.
O que é ansiedade?
A ansiedade é uma reação natural do organismo diante de situações de perigo, expectativa ou mudança. Ela prepara o corpo para agir com mais atenção, foco e energia. Porém, quando essa sensação se torna constante, intensa e sem motivo aparente, ela pode se transformar em um transtorno psicológico.
A ansiedade patológica não é apenas “nervosismo”. Trata-se de um estado permanente de alerta, medo e insegurança que compromete a saúde física, emocional e social do indivíduo.
Sintomas mais comuns
Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas costumam incluir:
- Batimentos cardíacos acelerados;
- Respiração ofegante ou sensação de falta de ar;
- Suor excessivo e mãos trêmulas;
- Tensão muscular;
- Pensamentos negativos recorrentes;
- Medo sem causa aparente;
- Dificuldade de concentração e insônia.
Crises de ansiedade também podem vir acompanhadas de sensação de desmaio, tontura e até dores no peito, muitas vezes confundidas com problemas cardíacos.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico deve ser feito por um profissional de saúde mental, como psicólogo ou psiquiatra. Em geral, é baseada na escuta clínica, histórico do paciente e frequência dos sintomas. Muitas vezes, a pessoa demora a procurar ajuda, o que pode agravar o quadro e levar a outros transtornos como depressão e síndrome do pânico.
O tratamento envolve psicoterapia, medicação em alguns casos, atividades físicas regulares, boa alimentação e qualidade do sono. A terapia cognitivo-comportamental tem se mostrado especialmente eficaz no controle da ansiedade.
Ansiedade entre crianças e adolescentes
Infelizmente, os casos de ansiedade em crianças e adolescentes também estão crescendo. Em meio a cobranças escolares, pressão nas redes sociais e falta de tempo de qualidade com a família, muitos jovens desenvolvem sintomas desde muito cedo.
Entre os sinais que merecem atenção estão o medo constante de se separar dos pais, baixo rendimento escolar, irritabilidade, choro frequente, dores físicas sem explicação e recusa em realizar atividades simples do dia a dia.
Pais e educadores têm papel fundamental em identificar esses sinais e oferecer apoio emocional, evitando julgamentos e buscando ajuda especializada sempre que necessário.
Como prevenir a ansiedade?
Embora nem sempre seja possível evitar o surgimento da ansiedade, alguns hábitos ajudam a manter a saúde emocional em equilíbrio:
- Dormir bem e respeitar os horários do corpo;
- Praticar atividades físicas regularmente;
- Reduzir o uso excessivo de telas e redes sociais;
- Buscar momentos de lazer e convivência com amigos e familiares;
- Estabelecer prioridades e limites no trabalho;
- Procurar ajuda profissional ao menor sinal de sofrimento emocional.
Um problema coletivo
A ansiedade não é frescura, exagero ou falta de força de vontade. É uma condição real, que pode afetar qualquer pessoa, em qualquer momento da vida. Por isso, é essencial que a sociedade fale sobre o tema com empatia e seriedade, combatendo o preconceito e promovendo ambientes mais saudáveis — em casa, no trabalho, na escola e nos espaços públicos.
A saúde mental deve ser prioridade. E a informação é o primeiro passo para mudar essa realidade.
por GT Notícias – Goiás Tocantins Notícias