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terça-feira, dezembro 30, 2025
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Natalidade em queda: Brasil registra menor número de nascimentos em décadas

Dados do IBGE mostram que 2024 marcou o sexto ano consecutivo de queda nos nascimentos, com mães cada vez mais velhas e foco crescente em educação e carreira.

Brasil vive uma transformação demográfica histórica

O Brasil registrou, em 2024, 2,38 milhões de nascimentos — uma queda de 5,8% em relação ao ano anterior. Esse é o menor número de nascimentos das últimas décadas e confirma o sexto ano consecutivo de baixa na natalidade, segundo dados divulgados pelo IBGE.

O cenário mostra um país que passa por mudanças profundas no comportamento familiar, especialmente no perfil das mulheres que decidem ter filhos. Cada vez mais escolarizadas, inseridas no mercado de trabalho e atentas às condições econômicas, as brasileiras estão adiando a maternidade, priorizando estabilidade profissional e pessoal.

Mães mais velhas, famílias menores: o novo retrato do Brasil

Maternidade tardia é a nova regra

Em 2004, 51,7% dos nascimentos eram de mulheres com até 24 anos.
Em 2024, esse número despencou para 34,6%.

Ao mesmo tempo, cresceu a participação de mulheres com mais de 30 anos nos partos, refletindo um novo ritmo de vida e prioridades que envolvem formação acadêmica, carreira e planejamento financeiro.

Educação muda tudo

Entre mulheres com nível superior, o primeiro filho chega, em média, entre os 30 e 31 anos.
O aumento da escolaridade está diretamente ligado à redução do número de filhos e ao adiamento da maternidade.

Fatores socioeconômicos pesam na decisão

Urbanização, mercado de trabalho mais competitivo, acesso ampliado a métodos contraceptivos e instabilidade econômica são fatores que influenciam famílias a esperar mais antes de ter o primeiro bebê — ou mesmo optar por não ter filhos.

Diferenças regionais e religiosas seguem presentes

Embora a tendência seja nacional, regiões como o Norte ainda apresentam taxas mais altas de natalidade entre adolescentes.
No recorte religioso, mulheres evangélicas mantêm taxas de fecundidade maiores que católicas, espíritas e pessoas sem religião — ainda assim, todos os grupos seguem em queda.

O futuro: o que significa ter menos crianças hoje

A redução da natalidade impacta diretamente o futuro do país. Com menos jovens entrando no mercado de trabalho nas próximas décadas, o Brasil deve enfrentar desafios em áreas como:

  • Previdência e aposentadoria
  • Força de trabalho qualificada
  • Políticas públicas para uma população mais envelhecida

Mais do que números, os dados mostram uma mudança cultural profunda: famílias menores, planejadas e alinhadas a novos estilos de vida.

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