Vitória por 2 a 1 garante vaga na Libertadores de 2026 e eterniza histórias que vão além do gramado
O Corinthians voltou a provar que decisões não se vencem apenas com talento, mas também com estratégia, resistência e coração. Neste domingo (21), no Maracanã, o Timão venceu o Vasco por 2 a 1 e conquistou o tetracampeonato da Copa do Brasil, encerrando a campanha com autoridade e emoção.
Como o primeiro jogo da final havia terminado empatado sem gols, em Itaquera, a vitória no Rio de Janeiro garantiu o título e selou também a classificação direta para a Copa Libertadores de 2026. O clube do Parque São Jorge agora soma quatro conquistas do torneio nacional, repetindo os feitos de 1995, 2002, 2009 e 2025.
Leitura tática e eficiência decidiram a final
O Vasco iniciou a partida tentando controlar o jogo com posse de bola e aproximação entre seus principais articuladores. O Corinthians, por sua vez, optou por uma postura mais compacta, com forte marcação no meio-campo e aposta em transições rápidas.
O plano funcionou aos 18 minutos do primeiro tempo. Em lançamento preciso, Matheuzinho encontrou Yuri Alberto em velocidade. Livre, o atacante dominou e finalizou na saída do goleiro Léo Jardim para abrir o placar.
Mesmo com chances para ampliar, o Timão viu o Vasco crescer na partida. Aos 40 minutos, Andrés Gómez cruzou pela direita e Nuno Moreira subiu alto para empatar o confronto, levando a decisão em igualdade para o intervalo.
Gol do título nasce da maturidade
No segundo tempo, o Vasco adiantou suas linhas e tentou pressionar. Mas foi o Corinthians quem mostrou maturidade e frieza para decidir.
Aos 17 minutos, Breno Bidon fez jogada individual, superou a marcação e encontrou Matheuzinho, que cruzou rasteiro. Yuri Alberto deixou passar com inteligência e Memphis Depay, bem posicionado, finalizou dentro da pequena área para marcar o gol que definiu o título.
Mesmo com as mudanças ofensivas do Vasco e a pressão final, a defesa corintiana se manteve organizada. Nos acréscimos, o goleiro Hugo Souza ainda apareceu com segurança para evitar o empate, confirmando a vitória alvinegra no apito final.
Um título que também pertence ao torcedor
Mais do que um troféu, a conquista da Copa do Brasil carrega histórias que não aparecem na súmula do jogo. Uma delas é a de José Guilherme, o Guiga, considerado por muitos o maior torcedor do Corinthians em Goiás.

Na semifinal contra o Cruzeiro, Guiga saiu de Goiânia para São Paulo, viajando de van com outros torcedores, movido exclusivamente pela paixão pelo clube. Mesmo sem conseguir ingresso para entrar no estádio, não desistiu: assistiu à decisão do lado de fora, ao lado de amigos, vibrando a cada lance. A classificação nos pênaltis transformou a frustração em alegria e fez a viagem valer cada quilômetro.
Hoje, com o Corinthians campeão, o sentimento é de recompensa. Uma vitória mais do que merecida, que simboliza tudo aquilo que o futebol representa para quem acredita, acompanha e nunca abandona.
Paixão que atravessa gerações
Na foto que ilustra esta matéria, Guiga aparece ao lado de sua esposa Marina e de suas filhas Maria e Giovanna, retratando uma paixão que ultrapassa o campo e se transforma em herança, memória e família. É nesse vínculo entre clube e torcedor que o Corinthians constrói sua história — feita de títulos, sacrifícios e amor incondicional.


