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segunda-feira, outubro 13, 2025
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Rivotril em gotas e sublingual somem das farmácias no Brasil

Produção será transferida para a Europa e normalização do abastecimento pode demorar até 2026

Pacientes que utilizam o Rivotril em suas rotinas de tratamento enfrentam dificuldade para encontrar duas versões do medicamento nas farmácias brasileiras: a apresentação em gotas (2,5 mg/mL) e os comprimidos sublinguais (0,25 mg). A farmacêutica Blanver, responsável pelo registro do produto no país, informou que a produção está em fase de transição para a Europa.

A previsão é que o fornecimento da versão em gotas seja regularizado até o fim de 2025, enquanto o comprimido sublingual só deve voltar a estar disponível no primeiro semestre de 2026. Já os comprimidos de 2 mg (30 unidades) seguem normalmente no mercado.

Em nota, a empresa orienta que pacientes conversem com seus médicos para avaliar alternativas ou ajustes no tratamento. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforça que existem outros registros válidos para o princípio ativo do Rivotril, o clonazepam, e que a substituição ou adaptação só pode ser feita com prescrição médica.

Escassez nas farmácias

Segundo o Conselho Federal de Farmácia (CFF), redes como Droga Raia e Drogasil já confirmaram a falta do medicamento em diversas capitais, incluindo São Paulo, Belo Horizonte e Brasília. O desabastecimento do sublingual tende a ser mais severo ao longo de 2025.

A dificuldade de acesso não é inédita: em novembro de 2024, a Blanver já havia comunicado a descontinuação de outras apresentações, como os comprimidos de 0,5 mg (20 e 30 unidades) e de 2 mg (20 unidades).

Produção na Itália e Espanha

A Anvisa informou que a solicitação para transferir a fabricação do Rivotril em gotas para a Itália já foi aprovada. No caso da versão sublingual, a transferência para a Espanha ainda aguarda análise da agência, após pedido protocolado em agosto de 2025. Até a conclusão, a produção segue no Rio de Janeiro (RJ).

A legislação obriga empresas a comunicar descontinuações programadas com pelo menos 180 dias de antecedência, garantindo fornecimento nesse período. Em caso de descumprimento, a farmacêutica pode sofrer sanções.

O cenário preocupa médicos e pacientes que dependem do medicamento para condições neurológicas e psiquiátricas, como epilepsia, transtornos de ansiedade e distúrbios do sono.

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