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quinta-feira, novembro 13, 2025
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Histórico! Pela primeira vez, uma maratona em Campeonato Mundial foi decidida no “photo finish”

Tanzaniano Alphonce Felix Simbu vence alemão Amanal Petros por apenas três centésimos de segundo e garante o primeiro ouro mundial para seu país

A maratona do Mundial de Atletismo de Tóquio entrou para a história nesta segunda-feira (15) com uma chegada inédita: pela primeira vez, a medalha de ouro foi definida por “photo finish”, recurso geralmente associado a provas de velocidade.

Alphonce Felix Simbu. Fotos: Divulgação

O tanzaniano Alphonce Felix Simbu conquistou o título ao superar o alemão Amanal Petros na linha de chegada, após 42,195 km de corrida intensa. Ambos cruzaram com o tempo oficial de 2h09min48, mas a foto da chegada mostrou uma diferença de apenas três centésimos de segundo a favor do atleta africano. O italiano Iliass Aouani completou o pódio com 2h09min53.

“Quando entramos no estádio, eu não tinha certeza se venceria. Eu não sabia se tinha vencido. Mas quando vi os telões e eu no topo dos resultados, me senti aliviado”, declarou Simbu, de 33 anos, emocionado após a conquista.

Essa foi a primeira medalha de ouro mundial da Tanzânia em maratonas. O atleta já havia conquistado bronze no Mundial de Londres (2017) e segundo lugar na Maratona de Boston (2024). Em Jogos Olímpicos, acumulou participações de destaque: quinto lugar no Rio-2016, sétimo em Tóquio-2020 e 17.º em Paris-2024.

A disputa em Tóquio foi mais apertada até mesmo que a final dos 100 metros rasos deste Mundial, decidida por 0,05 segundo. Também superou a célebre maratona do Mundial de Edmonton (2001), quando o etíope Gezahegne Abera bateu o queniano Simon Biwott por apenas um segundo, e a maratona olímpica de Atlanta (1996), quando o sul-africano Josia Thugwane venceu com três segundos de vantagem.

Além da chegada histórica, a prova teve reviravoltas inesperadas: dois favoritos, os etíopes Tadese Takele e Deresa Geleta, campeões da maratona da cidade de Tóquio em março, abandonaram a disputa a menos de 10 km do fim. Já na largada, o queniano Vincent Kipkemoi Ngetich queimou a saída, forçando um reinício — cena rara em maratonas.

O melhor tempo da carreira de Simbu é 2h04min38, registrado em Valência (2024). Atualmente, ele ocupa o 70.º lugar no ranking histórico da maratona e é o 16.º na temporada de 2025.

O recordista mundial segue sendo o queniano Kelvin Kiptum, com 2h00min35 na Maratona de Chicago (2023). Kiptum, considerado um dos maiores talentos da modalidade, faleceu tragicamente em um acidente de carro em fevereiro de 2024, aos 24 anos, junto com seu técnico Garvais Hakizaman.

A vitória de Simbu não apenas entra para os livros da história do atletismo como também simboliza um feito inédito para a Tanzânia, que agora celebra seu primeiro ouro mundial nas maratonas.

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