Pesquisas mostram que consumo excessivo de Reels, TikTok e Shorts afeta atenção, controle executivo e até memória de tarefas.
O consumo diário de vídeos curtos — como os encontrados em plataformas populares como TikTok, Instagram Reels e YouTube Shorts — tem despertado a atenção de pesquisadores em todo o mundo. Estudos recentes apontam que esse hábito, cada vez mais comum entre jovens e adultos, pode trazer impactos negativos significativos para o cérebro.
De acordo com pesquisadores da Universidade de Pequim e colaboradores internacionais, usuários com maior nível de dependência de vídeos curtos apresentam déficits de atenção e menor autocontrole. Outros estudos observaram que a retenção de tarefas na memória também pode ser afetada, reduzindo a capacidade de manter o foco em compromissos simples do dia a dia.
📊 Resultados científicos recentes mostram que:
- O excesso de vídeos curtos está ligado a piora da atenção sustentada;
- O uso compulsivo afeta regiões cerebrais ligadas ao controle executivo;
- A memória de tarefas (memória prospectiva) pode falhar após longos períodos de exposição a esse tipo de conteúdo.
Pesquisadores explicam que o formato acelerado, com estímulos visuais e sonoros constantes, ativa repetidamente o sistema de recompensas do cérebro, gerando picos de dopamina. Esse processo pode levar a uma busca compulsiva por novos estímulos e, com o tempo, dificultar a concentração em atividades mais longas, como leitura, estudo ou trabalho.
É importante destacar que ainda não existem pesquisas que quantifiquem com precisão o impacto em comparação a substâncias como álcool ou cigarro — afirmações nesse sentido costumam ser exageradas. O que os estudos confirmam é que o consumo excessivo de vídeos curtos reduz atenção, foco e memória de forma mensurável.
💡 Especialistas recomendam práticas simples para reduzir os riscos:
- Limitar o tempo de exposição (como definir sessões de até 15 a 20 minutos);
- Evitar notificações constantes;
- Equilibrar o lazer digital com atividades offline, como leitura, esportes e momentos de convivência social.
A conclusão dos pesquisadores é clara: os vídeos curtos podem ser divertidos e informativos, mas quando consumidos em excesso, afetam diretamente a saúde cognitiva e a qualidade de vida.