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domingo, agosto 31, 2025
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Vídeos curtos podem prejudicar memória e foco, apontam estudos

Pesquisas mostram que consumo excessivo de Reels, TikTok e Shorts afeta atenção, controle executivo e até memória de tarefas.

O consumo diário de vídeos curtos — como os encontrados em plataformas populares como TikTok, Instagram Reels e YouTube Shorts — tem despertado a atenção de pesquisadores em todo o mundo. Estudos recentes apontam que esse hábito, cada vez mais comum entre jovens e adultos, pode trazer impactos negativos significativos para o cérebro.

De acordo com pesquisadores da Universidade de Pequim e colaboradores internacionais, usuários com maior nível de dependência de vídeos curtos apresentam déficits de atenção e menor autocontrole. Outros estudos observaram que a retenção de tarefas na memória também pode ser afetada, reduzindo a capacidade de manter o foco em compromissos simples do dia a dia.

📊 Resultados científicos recentes mostram que:

  • O excesso de vídeos curtos está ligado a piora da atenção sustentada;
  • O uso compulsivo afeta regiões cerebrais ligadas ao controle executivo;
  • A memória de tarefas (memória prospectiva) pode falhar após longos períodos de exposição a esse tipo de conteúdo.

Pesquisadores explicam que o formato acelerado, com estímulos visuais e sonoros constantes, ativa repetidamente o sistema de recompensas do cérebro, gerando picos de dopamina. Esse processo pode levar a uma busca compulsiva por novos estímulos e, com o tempo, dificultar a concentração em atividades mais longas, como leitura, estudo ou trabalho.

É importante destacar que ainda não existem pesquisas que quantifiquem com precisão o impacto em comparação a substâncias como álcool ou cigarro — afirmações nesse sentido costumam ser exageradas. O que os estudos confirmam é que o consumo excessivo de vídeos curtos reduz atenção, foco e memória de forma mensurável.

💡 Especialistas recomendam práticas simples para reduzir os riscos:

  • Limitar o tempo de exposição (como definir sessões de até 15 a 20 minutos);
  • Evitar notificações constantes;
  • Equilibrar o lazer digital com atividades offline, como leitura, esportes e momentos de convivência social.

A conclusão dos pesquisadores é clara: os vídeos curtos podem ser divertidos e informativos, mas quando consumidos em excesso, afetam diretamente a saúde cognitiva e a qualidade de vida.

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