Ao longo da história, a humanidade previu incontáveis vezes o fim dos tempos. Mas o que essas profecias — religiosas, científicas ou astrológicas — dizem sobre o nosso medo coletivo de desaparecer?
A ideia de que o mundo está prestes a acabar não é nova. Muito pelo contrário: quase todas as gerações, em alguma parte do planeta, viveram com a sensação de que estavam à beira do apocalipse.
Dos dinossauros à pandemia de Covid-19, passando por profecias bíblicas, astrologia, misticismo, cometas e bugs tecnológicos, o “fim do mundo” parece sempre estar mais perto do que gostaríamos de admitir. Mas afinal, por que seguimos tão fascinados com o colapso final da humanidade?
Catástrofes naturais e o planeta em transformação
A Terra já presenciou erupções vulcânicas, terremotos, tsunamis e impactos de asteroides — eventos que devastaram paisagens e civilizações. Um dos casos mais emblemáticos é o da extinção dos dinossauros há 65 milhões de anos, possivelmente causada por um asteroide ou intensa atividade vulcânica, segundo cientistas e a National Geographic.
Profecias religiosas e o apocalipse
Na Bíblia, especialmente no Livro do Apocalipse, o fim do mundo é descrito como uma batalha entre o bem e o mal. Outras interpretações, como a do número 666 associado ao Anticristo, geraram pânico em épocas como 1666, ano do Grande Incêndio de Londres.
Profetas, astrólogos e previsões falhas
Ao longo dos séculos, diversos nomes cravaram datas para o fim. O astrólogo Johannes Stöffler previu um grande dilúvio em 1524. Já Nostradamus apontava para agosto de 1999 como o mês da chegada de um “Rei do Terror”. Nenhuma dessas datas se cumpriu, mas o impacto cultural permanece.
No século XX, novas ameaças surgiram. O Bug do Milênio (Y2K), temido em 2000, provocou alarde global com a possibilidade de falhas catastróficas nos computadores. Em 2012, foi a vez do calendário maia — que, segundo alguns, previa o fim do mundo, e ainda é reinterpretado por teóricos para datas posteriores, como 2023.
Teorias modernas e medo real
Mais recentemente, o nome de David Meade ganhou força com a previsão de que um planeta desconhecido, o “Planeta X”, colidiria com a Terra em 2017 ou 2018. Ele se baseava em alinhamentos astrológicos e em interpretações do Apocalipse. Apesar de tudo, seguimos aqui.
A pandemia de Covid-19, os conflitos armados envolvendo países como Ucrânia e Israel, as mudanças climáticas extremas e a tensão global crescente reacenderam debates sobre um possível colapso civilizacional. Não é à toa que muitos ainda se perguntam: e se o apocalipse ainda estiver nos esperando, escondido nas entrelinhas da próxima manchete?
E se agora for real?
Teorias apocalípticas sempre existiram — mas os riscos atuais são mais concretos do que nunca. Enquanto seguimos desmentindo profecias do passado, enfrentamos ameaças que não vieram de livros sagrados ou astrologia, e sim da realidade.
🌡️ Mudanças climáticas já causam recordes de temperatura, colapso de ecossistemas e eventos extremos em todo o planeta.
☢️ Tensões geopolíticas reacendem o medo de uma guerra nuclear, com o mundo mais dividido e armado do que em décadas.
🪐 Asteroides próximos à Terra, como o Apophis, colocam cientistas em alerta.
🧬 Pandemias e riscos biológicos, como a chamada “Doença X”, reforçam que o invisível também pode ser devastador.
🤖 Avanços descontrolados da inteligência artificial levantam dilemas éticos e existenciais, como alertaram especialistas da própria indústria.
Talvez o fim do mundo não venha com trombetas, cometas ou datas gravadas em pedra.
Talvez ele esteja sendo construído — ou evitado — todos os dias, pelas nossas próprias escolhas.
por GT Notícias – Goiás Tocantins Notícias