Celebrado em 13 de julho, o Dia Mundial do Rock homenageia um estilo que transcende gerações e lembra que tudo começou com uma mulher negra: Irmã Rosetta Tharpe.
O rock não nasceu com Elvis Presley, nem com os Beatles ou os Rolling Stones. Antes de todos eles, quem já incendiava os palcos com uma guitarra elétrica nas mãos era Irmã Rosetta Tharpe. Nascida em 1915 no sul dos Estados Unidos, ela misturava espiritualidade com ousadia sonora ao tocar gospel com riffs de guitarra. Seu estilo influenciou diretamente nomes como Chuck Berry, Little Richard, Elvis Presley e até Johnny Cash, que a chamava de sua “mãe musical”.
A escolha do 13 de julho como o Dia Mundial do Rock não é por acaso. A data marca o lendário concerto beneficente Live Aid, realizado em 1985, com shows simultâneos na Inglaterra e nos EUA, transmitidos para mais de 70 países. Foi ali que o rock mostrou seu poder de mobilização social ao arrecadar fundos para combater a fome na Etiópia. O evento reuniu gigantes como Queen, U2, David Bowie, The Who e Led Zeppelin — numa celebração épica da música e da solidariedade.
Desde então, o rock atravessou gerações e se multiplicou em vertentes:
🎸 Rock clássico, com Beatles, Rolling Stones, Creedence;
🎸 Punk rock, nascido do protesto e da urgência, com Ramones e Sex Pistols;
🎸 Grunge, que deu voz à angústia dos anos 90 com Nirvana, Pearl Jam e Soundgarden;
🎸 Rock brasileiro, com poesia e crítica social em Raul Seixas, Legião Urbana, Cazuza, Engenheiros do Hawaii, Barão Vermelho e muitos outros.
O gênero também rompeu fronteiras de gênero: Janis Joplin, Patti Smith, Joan Jett, Rita Lee, Pitty — todas provaram que o rock também é mulher.
Mais do que um som, o rock sempre foi uma linguagem de inconformismo. Ele questiona, provoca, denuncia. É rebelião e liberdade. Em tempos de padronização musical e consumo acelerado, o espírito do rock sobrevive onde ainda há coragem pra desafiar o sistema.
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