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Arma de 40 mil anos esculpida em presa de mamute surpreende arqueólogos na Europa

Nova análise revela que bumerangue encontrado na Polônia é mais antigo do que se imaginava e reescreve parte da história humana na Era Glacial

Um artefato inesperado está mudando o que a ciência acreditava saber sobre a presença humana na Europa central durante a última Era Glacial. Um bumerangue esculpido em presa de mamute, encontrado na década de 1990 na Caverna Oblazowa, no sul da Polônia, acaba de ser redatado com base em testes de radiocarbono — e os resultados são surpreendentes: tem cerca de 40 mil anos, mais que o dobro da idade inicialmente estimada.

Com aproximadamente 72 centímetros, o objeto tem formato curvo, acabamento minucioso e detalhes que incluem sulcos e pigmentos vermelhos. A peça, embora se assemelhe a bumerangues australianos, é resultado de uma invenção independente. Testes realizados com réplicas indicam que ele não retornava ao ponto de origem, mas voava de maneira estável e eficiente para a caça, o que reforça sua utilidade prática.

Uma descoberta que veio do lugar menos esperado

O mais intrigante não é apenas sua antiguidade, mas o local onde foi achado. Durante muito tempo, arqueólogos acreditavam que aquela região da Polônia era inabitada durante o período glacial devido ao frio extremo. No entanto, além do bumerangue, foram encontrados adornos, ferramentas de pedra, ossos de animais e até um osso humano, sugerindo que grupos humanos ocuparam a caverna por mais de 3 mil anos, enfrentando condições adversas e desafiando antigas teorias.

Os especialistas também apontam para um possível uso simbólico ou ritualístico do bumerangue. O posicionamento de pedras ao redor do artefato e o esforço envolvido em sua criação indicam que ele pode ter tido importância além da funcional.

Essa descoberta lança uma nova luz sobre o Paleolítico europeu. Ela revela não só o grau de sofisticação técnica, mas também o senso estético e cultural dos primeiros habitantes do continente — humanos capazes de sobreviver, criar e deixar marcas duradouras mesmo nos climas mais hostis.

por GT Notícias – Goiás Tocantins Notícias

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