terça-feira, junho 3, 2025
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Rede HidroCerrado propõe soluções sustentáveis para a água no Cerrado

Projeto une instituições do Centro-Oeste para proteger bacias hidrográficas e desenvolver tecnologias ambientais até 2029

Com um investimento de R$ 3,7 milhões, a Rede de Pesquisa em Segurança Hídrica e Sociobiodiversidade para o Desenvolvimento Sustentável do Cerrado — a Rede HidroCerrado — inicia uma ampla articulação científica em defesa dos rios e bacias do bioma. A iniciativa é financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e propõe soluções inovadoras para a despoluição da água, com base na natureza.

Coordenado pela professora Samantha Salomão Caramori, da Universidade Estadual de Goiás (UEG), o projeto conecta instituições de ensino e pesquisa do Centro-Oeste em torno de estratégias científicas voltadas à sustentabilidade, com destaque para estudos em áreas críticas como a Bacia do Rio Meia Ponte e a Bacia Araguaia-Tocantins.

Além de monitorar poluentes emergentes nos rios do Cerrado e propor formas de mitigação, os pesquisadores desenvolvem estudos de bioprospecção de espécies nativas, processos sustentáveis de tratamento da água e ações com potencial de gerar patentes. O projeto prevê testes de soluções adaptáveis a comunidades rurais e prevê a replicação em outras regiões do bioma.

A proposta também foca na formação de recursos humanos qualificados, com bolsas de doutorado, pós-doutorado e intercâmbio de professores. Participam da rede instituições como UniEvangélica, PUC-GO, IFG, UCDB, UFGD e UnB, com articulações estratégicas entre programas de pós-graduação em Ciências Ambientais, Biodiversidade e Biotecnologia.

Segundo a coordenadora do projeto, a integração entre universidades fortalece a produção científica regional. “Ao compartilhar experiências, recursos e conhecimentos, as instituições conseguem enfrentar de forma mais eficaz os desafios locais, desenvolvendo soluções inovadoras e sustentáveis”, destaca Samantha.

A Rede HidroCerrado já iniciou a estruturação da equipe, canais de comunicação e subprojetos colaborativos. Entre as ações previstas até 2029, estão seminários, publicações científicas, teses em coorientação e um livro coletivo sobre os avanços da rede. O projeto conta ainda com o apoio do Araguaia Vivo 2030 e consolida-se como referência em pesquisa aplicada à conservação das águas do Cerrado.

por GT Notícias – Goiás Tocantins Notícias

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