Após críticas do mercado, aplicações de fundos no exterior seguem isentas e remessas de pessoas físicas mantêm alíquota atual
Em menos de seis horas após publicar um decreto elevando e padronizando alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o governo federal voltou atrás e anunciou a revogação parcial das medidas. O recuo foi motivado por reações negativas do mercado financeiro e críticas de especialistas.
Permanecem isentas as aplicações de fundos nacionais no exterior, e a alíquota de 1,1% sobre remessas de pessoas físicas ao exterior para investimentos será mantida. A reversão foi divulgada na noite desta quinta-feira (22) pelo Ministério da Fazenda por meio de uma série de postagens na rede social X (antigo Twitter).
“Este é um ajuste na medida – feito com equilíbrio, ouvindo o país e corrigindo rumos sempre que necessário”, declarou a pasta.
O governo havia anunciado a elevação do IOF como uma estratégia para reforçar a arrecadação: R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026, afetando inclusive operações de crédito de micro e pequenas empresas e pessoas jurídicas do Simples Nacional.
A reação do mercado foi imediata: após o anúncio, o dólar comercial, que caía ao longo do dia, fechou em alta, cotado a R$ 5,66, enquanto o índice da bolsa B3 reverteu os ganhos e fechou com queda de 0,44%.
Fontes do governo informaram que a decisão de revogação parcial foi tomada durante uma reunião de emergência no Palácio do Planalto, sem a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que estava em São Paulo.
Ainda não há informações sobre uma nova publicação no Diário Oficial nem sobre o impacto da revogação nas contas públicas.
por GT Notícias – Goiás Tocantins Notícias