sexta-feira, março 14, 2025
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Documentário sobre território Xerente entra em pós-produção com apoio do Governo do Tocantins

Projeto “Uma estrada que corta o território Xerente” explora a relação entre o povo Xerente e a estrada que atravessa o seu território – Foto: Divulgação

Contemplado no edital Audiovisual Tocantins 2023, lançado pelo Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), o projeto Uma estrada que corta o território do Xerente, que trata da relação entre o povo Xerente e a estrada que atravessa o seu território, já está em fase de pós-produção. A iniciativa foi classificada na categoria Produções Audiovisuais – Módulo II e recebeu o aporte de R$ 750 mil para produzir um documentário.

Além de abordar os problemas e os desafios ligados à construção da estrada, o longa-metragem propõe uma reflexão profunda sobre a importância dos territórios indígenas. O caminho, como símbolo, serve de ponto de partida para um convite à observação das dinâmicas e das questões que envolvem esses territórios. Segundo o produtor e diretor da GBM Filmes, Túlio de Melo, o objetivo é alcançar um público amplo e diversificado, sem restrições de faixa etária, bem como oferecer uma experiência rica e acessível para todos.

A equipe passou por dois meses intensos de gravações nas aldeias Xerente, bem como em locais importantes em Palmas, como o Museu Palacinho, a Universidade Federal do Tocantins e a biblioteca do Espaço Cultural José Gomes Sobrinho. Além disso, o grupo também esteve presente na 20ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL), em Brasília/DF, um dos mais importantes movimentos indígenas do país.

Os envolvidos no projeto tiveram a colaboração de Romário Srowasde Xerente, assistente de direção indígena, que desempenhou um papel fundamental na condução das gravações. “Ele que conduziu todo o processo de gravação do documentário na aldeia”, destacou Túlio.

Com a fase de produção concluída, o projeto avança agora para a etapa de pós-produção, que envolve a montagem e a edição do documentário. Posteriormente, uma equipe especializada será encarregada da finalização do som e da criação de versões acessíveis do filme, em conformidade com as exigências da Lei Paulo Gustavo. A expectativa é de que o documentário seja finalizado até o final do ano. A ação prevê ainda, como contrapartida social, a realização de uma sessão aberta no cinema, com todos os recursos de acessibilidade.

O diretor Túlio de Mello expressou ainda grande entusiasmo quanto ao impacto da produção no cenário cultural do Tocantins “Nossa expectativa é grande, porque o processo de produção foi muito positivo. Será um momento muito importante para o cinema tocantinense, pois é um filme de cunho acadêmico e filosófico, onde trazemos vários especialistas e indígenas do povo Xerente”, complementou.

Conheça a proponente

A produtora independente do Tocantins, GBM Filmes, destaca-se pela produção de filmes de ficção e documentários que celebram a cultura e a história local. Com projetos como Zé Onça Relato de uma Memória, o filme tocantinense mais premiado em festivais nacionais e internacionais, a empresa reforça seu compromisso com o cinema regional.

Recentemente, produziu um documentário para o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) sobre a ourivesaria de Natividade e estreou no Rio de Janeiro e na capital Palmas, o curta-metragem de ficção Invisibilidade, que mergulha na realidade das mulheres travestis do Brasil.

Equipe passou por dois meses intensos de gravações nas aldeias Xerente, bem como em locais importantes em Palmas, como a biblioteca do Espaço Cultural – Divulação

por Ana Carolina Monteiro/Governo do Tocantins

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