Tecnologia brasileira será apresentada na COP30 como exemplo de inovação sustentável e agricultura resiliente às mudanças climáticas
A Embrapa anunciou uma descoberta que pode transformar a agricultura em tempos de mudanças climáticas: o Hydratus, um bioinsumo desenvolvido a partir da bactéria Bacillus subtilis, encontrada no bioma da Caatinga. A tecnologia, liderada pela pesquisadora Eliane Gomes, já demonstrou resultados expressivos em lavouras de milho e soja, aumentando a produtividade mesmo em condições de seca.
O Hydratus será apresentado na COP30, que acontecerá em Belém (PA), como um exemplo brasileiro de inovação sustentável na agricultura.
Como o Hydratus funciona
- Fortalece as plantas: estimula a produção de fitohormônios, aumentando o tamanho e a densidade das raízes.
- Promove a absorção de água: raízes mais profundas e extensas permitem acessar mais nutrientes e água do solo, mesmo em períodos secos.
- Retém umidade: a formulação cria uma espécie de reserva de água próxima às raízes.
- Aumenta a resiliência: as plantas ficam mais robustas, produtivas e resistentes ao estresse hídrico.
Resultados em campo
- Milho: aumento médio de 7,7 sacas por hectare.
- Soja: aumento médio de 4,8 sacas por hectare.
- Aplicações diversas: benefícios também observados em lavouras irrigadas.
Importância e futuro
O Hydratus representa um avanço para a agricultura sustentável no Brasil e no mundo. Por ser um bioinsumo natural, reduz a dependência de produtos químicos e ajuda a mitigar os impactos ambientais da produção agrícola.
Em um cenário de escassez de água e mudanças climáticas, a tecnologia aparece como uma solução prática para garantir segurança alimentar e resiliência das lavouras.
Segundo a pesquisadora Eliane Gomes, o bioinsumo é um exemplo de como “a ciência pode transformar limitações ambientais em soluções inovadoras”.