Com mais foco e menos distrações, escolas que restringiram o uso de celulares relatam melhora no desempenho dos alunos e na convivência entre colegas.
Nos últimos seis meses, uma experiência chamou atenção em diversas escolas do Brasil: a proibição ou restrição severa do uso de celulares dentro das salas de aula. A decisão, que no início foi cercada de polêmicas, começa a mostrar resultados positivos. E o mais interessante: os ganhos vão além do boletim.
Segundo relatos de professores e diretores, a mudança no ambiente escolar foi quase imediata. Sem a constante tentação da tela, os alunos passaram a prestar mais atenção nas aulas, interagir mais uns com os outros e se envolver mais em atividades coletivas. Em algumas escolas, as médias das provas subiram entre 15% e 23% em comparação com o semestre anterior.
Além da melhora nas notas, outro impacto significativo foi na socialização. Educadores relatam que alunos passaram a conversar mais durante o intervalo, formar novas amizades e até criar brincadeiras em grupo que estavam desaparecendo. “A escola voltou a ter som de criança falando, rindo, correndo”, comentou uma coordenadora pedagógica de Goiânia.
Mas nem tudo foram flores. A medida enfrentou resistência inicial, especialmente de famílias preocupadas com a comunicação com os filhos. Algumas instituições optaram por permitir o uso apenas em casos emergenciais ou em horários específicos, como nos intervalos. A maioria, porém, defende que o tempo de qualidade na escola precisa ser preservado.
Essa discussão vai além da sala de aula: traz à tona reflexões sobre o equilíbrio entre tecnologia e convivência. O celular é uma ferramenta importante — mas será que estamos ensinando as crianças e adolescentes a usá-lo com responsabilidade?
🌐 Leia mais sobre essa tendência e veja exemplos de escolas em Goiás e Tocantins que estão adotando a medida: www.gtnoticias.com.br
