Pesquisa internacional aponta que até 40% dos diagnósticos de demência estão ligados a fatores de risco modificáveis. Prevenção começa com hábitos simples no dia a dia.
Um estudo de impacto global trouxe um alerta que é, ao mesmo tempo, preocupante e esperançoso: até 40% dos casos de demência poderiam ser evitados ou adiados com mudanças no estilo de vida e acesso à saúde básica. Os dados foram divulgados por especialistas da Lancet Commission on Dementia Prevention, um dos grupos mais respeitados na área da neurociência.
A demência, que inclui doenças como Alzheimer, afeta mais de 55 milhões de pessoas em todo o mundo — número que pode triplicar até 2050, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS).
🔍 Os principais fatores de risco
Entre os fatores modificáveis que aumentam o risco de desenvolver demência, estão:
- Pressão alta mal controlada
- Diabetes tipo 2
- Tabagismo
- Sedentarismo
- Baixa escolaridade
- Isolamento social
- Depressão não tratada
- Poluição do ar
- Consumo excessivo de álcool
- Surdez não corrigida
A boa notícia é que muitos desses fatores podem ser prevenidos ou tratados, mesmo com recursos limitados. O diagnóstico precoce e o acompanhamento de saúde mental, por exemplo, já fazem grande diferença na qualidade de vida.
Cuidar do cérebro é cuidar da vida
A demência não é uma parte inevitável do envelhecimento. Segundo os pesquisadores, manter estímulos cognitivos, conexões sociais e atividades físicas regulares ajuda a proteger o cérebro por mais tempo.
Dica importante: Ouvir bem é cuidar da mente. A perda auditiva, quando negligenciada, pode acelerar a perda cognitiva. O uso de aparelhos auditivos em casos indicados está entre os fatores protetores.
A importância da informação
A desinformação, o estigma e a falta de acesso à saúde ainda são grandes obstáculos. Mas conhecer os riscos e as formas de prevenção pode transformar vidas — inclusive a de quem cuida.