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terça-feira, setembro 30, 2025
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Diferente dos asilos: saiba como funciona o cohousing, nova tendência de moradia para idosos

Modelo comunitário propõe envelhecer com autonomia e vínculos sociais, em espaços que unem privacidade e convivência

Você já pensou em envelhecer rodeado de amigos, compartilhando uma cozinha enorme, um jardim florido e até as discussões sobre a playlist do jantar? É essa a proposta do cohousing, um modelo de moradia que combina espaços privados com áreas coletivas, onde a vida se espalha para pátios, hortas e salas comuns.

A ideia é transformar a velhice em convivência ativa, mais parecida com um churrasco de domingo do que com um asilo. O conceito surgiu na Europa, com experiências pioneiras na Dinamarca e na Suécia, e hoje se espalha pelo mundo.

Em Madri, o projeto Trabensol reúne idosos em um complexo cooperativo onde refeições, decisões e risadas são compartilhadas diariamente. Em Londres, as mulheres da comunidade OWCH criaram suas próprias regras para viver juntas, mantendo independência e companheirismo.

Essas comunidades têm em comum a autogestão: os moradores decidem juntos sobre finanças, cuidados e manutenção. Mais do que luxo ou serviços, o verdadeiro diferencial está nos espaços coletivos, pensados para favorecer encontros espontâneos e apoio mútuo. Como explica o arquiteto Charles Durrett, pioneiro do modelo, “o luxo não é a piscina aquecida, mas o lugar onde vizinhos administram suas vidas em conjunto”.

No Uruguai, o cohousing Carpe Diem já nasceu com assembleias em torno da cor das paredes e da horta comunitária. Nos Estados Unidos, o Silver Sage Village reúne vizinhos que jantam juntos e depois seguem para atividades como cinema, artesanato ou meditação. Cada comunidade cria sua própria dinâmica, mas todas compartilham um ponto em comum: ninguém precisa envelhecer sozinho.

No Brasil, a ideia ainda engatinha, mas já desperta interesse. Se a solidão pode adoecer, talvez a maior revolução da longevidade esteja justamente em reaprender a morar — juntos.

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