Nova iniciativa no âmbito do Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca busca incentivar o turismo, preservar espécies e fortalecer economias locais.
O Brasil deu mais um passo para integrar lazer, turismo e preservação ambiental. Foi criado, no âmbito do Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca, o Comitê de Pesca Amadora e Esportiva, com foco em desenvolver de forma sustentável essa prática que movimenta milhares de pessoas e comunidades em todo o país.
Segundo o Ministério da Pesca e Aquicultura, a ideia é ampliar a visibilidade da pesca esportiva e amadora como atividade turística e econômica, sem abrir mão da conservação dos recursos naturais. O setor já representa uma importante fonte de renda para guias, pousadas, restaurantes e comércio em regiões próximas a rios, lagos e represas.
Turismo e preservação de mãos dadas
O Brasil é considerado um dos destinos mais promissores para a pesca esportiva no mundo, graças à diversidade de espécies de peixes e à vastidão de rios como o Araguaia, Tocantins, Negro e Paraná. No entanto, especialistas alertam que, sem regulamentação adequada, o aumento da atividade pode ameaçar o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos.
Nesse sentido, o comitê pretende atuar na criação de políticas públicas que conciliem o crescimento do setor com práticas sustentáveis, como cotas de captura, incentivo ao pesque-e-solte e fiscalização mais efetiva.
Impacto econômico
De acordo com dados da Embratur, a pesca esportiva movimenta bilhões de reais por ano em países onde já é consolidada, como Estados Unidos e Canadá. A expectativa é que, com maior organização e promoção, o Brasil possa alcançar resultados semelhantes, fortalecendo destinos turísticos do Norte, Centro-Oeste e interior do país.
Além disso, a prática estimula a economia local de maneira descentralizada, levando desenvolvimento a comunidades ribeirinhas e pequenas cidades que dependem do turismo de natureza.
Pesca como lazer e cidadania
O comitê também tem como missão ampliar o acesso democrático à pesca amadora, valorizando-a não apenas como lazer, mas também como oportunidade de educação ambiental e conscientização sobre a importância da preservação dos rios.
“Queremos uma pesca que respeite o meio ambiente e, ao mesmo tempo, valorize a cultura local e o potencial turístico do Brasil”, destacou o Ministério da Pesca em nota oficial.