Ansiedade, depressão e estresse se intensificam e expõem as fragilidades no cuidado com a saúde mental no país.
O Brasil vive em 2025 uma verdadeira epidemia de saúde mental. Ansiedade, depressão, burnout e outras síndromes emocionais se tornaram parte do cotidiano de milhões de brasileiros, afetando desde jovens em idade escolar até trabalhadores sobrecarregados e idosos em situação de vulnerabilidade.
De acordo com levantamentos recentes, o Brasil figura entre os países com maior índice de transtornos de ansiedade no mundo. O uso excessivo das redes sociais, a pressão por produtividade, a insegurança econômica e a falta de acesso a tratamentos adequados contribuem para o agravamento desse cenário.
Especialistas apontam que os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e outras estruturas do Sistema Único de Saúde (SUS) não conseguem atender a crescente demanda. Ao mesmo tempo, a busca por consultas particulares se torna inviável para grande parte da população, criando um abismo entre a necessidade de cuidado e a realidade do acesso.
Apesar da gravidade, iniciativas comunitárias, terapias em grupo, projetos de apoio psicológico remoto e movimentos de conscientização têm se multiplicado em todo o país, mostrando caminhos possíveis para enfrentar a crise.
A epidemia de saúde mental, embora silenciosa, cobra um preço alto: queda na qualidade de vida, aumento de afastamentos no trabalho e impacto direto nas famílias brasileiras. Mais do que nunca, especialistas defendem que cuidar da mente deve ser tratado como prioridade de saúde pública.