Antes de Elvis, Beatles e Ozzy, ela já fazia a guitarra gritar. Sister Rosetta Tharpe é a raiz esquecida do rock — agora redescoberta pelo mundo.
Imagine uma árvore do rock. No topo, galhos como Elvis Presley, Beatles, Ozzy Osbourne, Jimi Hendrix, Kurt Cobain. Todos brilhantes, rebeldes, revolucionários. Mas e a raiz? Quem deu origem a tudo isso?
Uma imagem pode responder melhor do que mil palavras: no centro, uma mulher negra dos anos 1930 segura uma guitarra elétrica com firmeza. Ao seu redor, estão os ícones que mudaram o som do mundo. Ela é Sister Rosetta Tharpe. E sem ela, talvez o rock nunca tivesse nascido.

Rosetta misturou gospel com blues, energia espiritual com atitude de palco. Foi a primeira mulher a tocar guitarra elétrica com distorção, antes mesmo que esse som tivesse nome. Seu jeito de cantar era visceral. Sua presença no palco era magnética. E seu talento — incontestável.
Quando Elvis começou a balançar, já havia sido impactado por sua música.
Quando os Beatles ouviram Elvis, já sentiam o eco de Rosetta.
E quando Ozzy ouviu os Beatles… decidiu formar uma banda.
Esse é o caminho do legado. Esse é o mapa do impacto.
O que essa imagem — que agora circula no GT Notícias — escancara, é o que muitos ignoraram por décadas: o rock tem uma raiz feminina, negra e genial. E essa raiz se chama Sister Rosetta Tharpe.
Hoje, artistas, historiadores e fãs do mundo todo resgatam sua importância. Documentários, homenagens e até a introdução póstuma no Rock and Roll Hall of Fame em 2018 tentam corrigir o silêncio histórico.
Mas talvez a pergunta mais importante seja:
“E se, no fundo, o rock sempre teve uma mãe — mas esqueceram de contar?”
Depois de décadas esquecida, Sister Rosetta Tharpe começa a receber o reconhecimento que sempre mereceu.
E vem aí mais um passo importante: está em produção o filme “Rosetta”, cinebiografia que promete apresentar sua trajetória ao grande público.
A produção é da Amazon MGM Studios, com Lizzo no papel principal e também como produtora. O longa terá ainda Mick Jagger como produtor executivo, além de nomes como Forest Whitaker e Nina Yang Bongiovi na equipe.
O filme mostrará sua genialidade musical, seu pioneirismo com a guitarra elétrica, um show histórico em um estádio e a relação amorosa com outra mulher, silenciada por muito tempo.
Rosetta Tharpe não é só passado. Ela é presente, e será futuro.