Com a transferência definitiva da fazenda onde está a entrada principal do parque, avança o processo de regularização fundiária da unidade de conservação.
O Estado de Goiás oficializou a transferência da propriedade da Fazenda Terra Ronca, onde se localiza a entrada da Caverna Terra Ronca I — uma das mais conhecidas do Brasil. A área foi incorporada de forma definitiva ao Parque Estadual de Terra Ronca (Peter), fortalecendo a preservação ambiental e a gestão pública do local.
A formalização do processo foi confirmada pelo Cartório de Registro de Imóveis de São Domingos, encerrando uma etapa histórica na regularização fundiária da unidade de conservação. A conquista é fruto da atuação conjunta da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e da Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (PGE-GO), por meio da Procuradoria de Defesa do Patrimônio Público e do Meio Ambiente (PPMA).
A transferência ocorreu de forma amigável, com a assinatura de um contrato extrajudicial de desapropriação entre o Estado e os herdeiros da fazenda. A PGE-GO deu andamento à tramitação judicial necessária para a retificação dos registros e a expedição da ordem de incorporação do imóvel ao patrimônio público.
Além da Fazenda Terra Ronca, outras duas áreas foram recentemente incorporadas ao parque:
- Fazenda Vargem e Caraíbas – localizada no lugar denominado Poço – Gleba I-B, com 233,81 hectares;
- Fazenda São João de Baixo – com 97,89 hectares, doada ao Estado.
Com essas incorporações, a área regularizada do Parque Estadual de Terra Ronca passou de 64% para 65% dos seus aproximadamente 57 mil hectares. E há mais avanços previstos: uma nova área de cerca de 5 mil hectares está em fase final de aquisição, o que elevará o percentual de posse pública para 74% da unidade de conservação.
Por que isso é importante?
Proteção ambiental:
A Caverna Terra Ronca I abriga formações geológicas raras e ecossistemas subterrâneos sensíveis. A gestão pública fortalece a conservação desse patrimônio natural.
Turismo sustentável:
Com a posse oficial, o Estado pode regulamentar melhor o uso turístico, combater práticas predatórias e fomentar o ecoturismo responsável.
Pesquisa científica:
A regularização facilita o acesso de pesquisadores e estimula estudos sobre biodiversidade, geologia e arqueologia. O complexo é um dos maiores sistemas de cavernas da América do Sul.