Comemorado em 29 de junho, o Dia do Pescador homenageia quem vive do rio e do mar, mantendo viva uma das atividades mais antigas e simbólicas da cultura brasileira.
Eles conhecem os ciclos da natureza como ninguém. Sabem a hora certa de lançar a rede, respeitam as luas, os ventos, os peixes — e mesmo diante das dificuldades, seguem firmes, alimentando comunidades e histórias. Hoje, 29 de junho, celebramos o Dia do Pescador, data dedicada a homenagear homens e mulheres que fazem da pesca sua arte, sustento e missão de vida.
A escolha do dia coincide com o dia de São Pedro, considerado padroeiro dos pescadores. Mas, para além do símbolo religioso, o que se comemora é o ofício ancestral que molda comunidades ribeirinhas, costeiras e interioranas — inclusive no coração do Brasil, em regiões como o Tocantins, Goiás e o Vale do Araguaia, onde a pesca artesanal ainda sustenta centenas de famílias.
Tradição, alimento e resistência
A pesca artesanal é uma prática marcada por sabedoria transmitida de geração em geração. Em muitos casos, é o único meio de renda para populações ribeirinhas. No Tocantins, por exemplo, o peixe é um dos principais itens da alimentação local e da cultura popular.
Por outro lado, os desafios são muitos: políticas públicas frágeis, períodos de defeso sem suporte adequado, acesso limitado a equipamentos e à regularização da atividade. Ainda assim, pescadores persistem. São trabalhadores que convivem com o sol forte, as águas imprevisíveis e as incertezas do dia seguinte — tudo isso movidos por amor e sobrevivência.
Pescar é cuidar
Hoje, cada vez mais, a pesca caminha junto com a sustentabilidade. Muitos pescadores artesanais são também guardiões dos rios e mares, respeitando o tempo da natureza e denunciando práticas predatórias. A valorização desse saber tradicional é essencial para preservar a biodiversidade e garantir alimento saudável à população.
por GT Notícias – Goiás Tocantins Notícias