Prefeito revoga lei que cobrava entrada de veículos na cidade; medida havia causado forte reação entre moradores e empresários do setor.
A cidade de Caldas Novas, um dos principais destinos turísticos do Brasil, decidiu revogar a cobrança da chamada “taxa do turismo”, que havia sido implantada no fim de 2024. A medida foi anunciada oficialmente no dia 1º de janeiro de 2025, durante a cerimônia de posse do segundo mandato do prefeito Kleber Marra (Republicanos).
A taxa, formalmente chamada de Taxa de Preservação Ambiental (TPA), havia sido instituída pela Lei Complementar nº 228/2024 e previa a cobrança de valores entre R$ 5 e R$ 183 para veículos que entrassem no perímetro urbano da cidade, variando de acordo com o porte. O objetivo declarado era custear ações de preservação ambiental, melhorias na infraestrutura turística e demandas da saúde pública — que recebe forte pressão do fluxo turístico, estimado em cerca de 5 milhões de visitantes ao ano.
Entretanto, a medida gerou grande insatisfação por parte de moradores, empresários do ramo hoteleiro, comerciantes, prestadores de serviço e entidades religiosas. Muitos consideraram a cobrança um desestímulo ao turismo e um obstáculo para a movimentação econômica da cidade.
Ao anunciar a revogação, o prefeito afirmou que sua gestão é voltada para o diálogo e que a taxa não foi bem recebida pela maioria da população. “Estamos aqui para governar com o povo e para o povo”, declarou. O projeto de revogação foi enviado à Câmara e será formalizado ainda neste semestre.
Com a decisão, a entrada de veículos na cidade — incluindo carros de passeio, vans, ônibus e motos — não será mais tarifada. A isenção, que já valia para moradores e prestadores de serviço locais, agora é estendida a todos os visitantes.
A revogação representa uma tentativa de proteger a competitividade turística de Caldas Novas, que tem no turismo sua principal base econômica. Ainda assim, a prefeitura reconhece o desafio de encontrar alternativas de arrecadação para manter a estrutura de saúde e os investimentos em conservação ambiental, antes previstos com o recurso da taxa.
Enquanto isso, o setor turístico comemora a medida, que é vista como um alívio e um reforço positivo para a imagem acolhedora da cidade.
por GT Notícias – Goiás Tocantins Notícias